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Cris Spinola Faria
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Foto: Wikipédia |
A Cabernet Sauvignon é a casta de uvas mais conhecida no mundo inteiro, considerada por muitos como a “rainha das uvas tintas”
É resultado do cruzamento entre as uvas Cabernet Franc e Sauvignon Blanc, e teve sua origem na Região de Bordeaux (Médoc), na França, provavelmente no século XVIII, de quando datam os primeiros registros.
Hoje é de longe a uva mais cultivada no mundo, sendo 47.000 toneladas de uva por ano, plantadas por todo o Globo: França, Inglaterra,
Alemanha, Itália, Áustria, Canadá, Japão, Peru, Venezuela, Zimbábue, Brasil,
China, Turquia, Marrocos, Grécia, Israel, Líbano, Moldávia, Hungria, Romênia,
Bulgária, Estados Unidos, Chile, Austrália, Portugal, Argentina, Espanha,
Uruguai, África do Sul e Nova Zelândia. Ufa!
Uva com aromas intensos, possui bagos pequenos e casca grossa, de maturação tardia, com coloração variando entre o violeta profundo e o preto, e dá origem a vinhos com acidez alta, taninos potentes, cor intensa e profunda, e com nível médio de álcool.
A cor de um vinho de Cabernet Sauvignon |
A imagem abaixo demonstra basicamente as características da uva e os aromas que se devem esperar de um vinho feito com Cabernet Sauvignon:
Exprime as suas melhores características se cultivada em climas moderado ou quente, a fim de poder amadurecer bem e melhor, o que diminui a acidez da fruta e a adstringência dos taninos.
Caso
contrário, se cultivada em climas muito frios, resulta em vinhos extremamente
secos e ácidos, com taninos muito adstringentes e agressivos e aromas herbáceos
desagradáveis.
Com
essas características, os vinhos produzidos com a uva Cabernet Sauvignon são
considerados vinhos longevos, ideais para o envelhecimento e guarda, e geralmente
são submetidos a estágio em barricas de carvalho para amaciar os taninos.
Vai muito bem em cortes com a uva Merlot, que possui bagos maiores e casca mais fina e mais clara, dando origem a um vinho menos ácido, menos tânico e mais alcoólico, e que irá balancear as características da Cabernet Sauvignon, dando mais equilíbrio ao vinho.
Também aparece em cortes com a Syrah/Shiraz, e co menos frequência com a Cabernet Franc, Sangiovese e Tempranillo.
Os vinhos produzidos com essa uva podem ser servidos desde sua forma mais simples e já desde os cinco a dez anos de envelhecimento, ou entre dez e quinze anos como os australianos; com quinze a vinte anos como os californianos; ou entre 30 e 40 anos como os Bordeaux Cru Classés.
Aromas terciários (estágio em madeira) de baunilha e chocolate
E mesmo
sem sair da França, os vinhos da uva Cabernet Sauvignon apresentam
características diferentes dependendo da sub-região do país em que são
cultivadas, como os vinhos produzidos em Margaux, que exalam notas florais de
violeta; e os vinhos de St. Julien, com aroma de charuto.
A coisa
complica ainda mais quando falamos de um Cabernet Sauvignon proveniente de
regiões mais quentes e que apresenta aromas de frutas vermelhas e negras que
podem ser frescas ou maduras, a depender do nível de amadurecimento da uvas na
vindima; os já mencionados aromas de violeta e de charutos; aromas de oliva; de
eucalipto; de pimenta preta; dentre outros aromas específicos e que mudam de
região para região.
Já esta imagem da vinícola Concha Y Toro mostra que os vinhos produzidos
com a uva Cabernet Sauvignon naquela vinícola apresentam aromas de groselhas negras,
cerejas negras, pimenta preta, chocolate e ameixas negras.
Como
falar, então, de tipicidade?
Como identificar um Cabernet Sauvignon com aromas típicos?
É muita informação, não é mesmo?
Ainda estou estudando, compilando dados e informações, degustando diferentes tipos de vinhos sobre essa uva e fazendo o meu próprio juízo sobre a Cabernet Sauvignon, mas por enquanto (eu confesso!) estou assustadíssima com a ideia de ter de identificar um vinho de ou co Cabernet Sauvgnon às cegas, sendo tantas as possibilidades.
Então vamos lá, aprender do jeito mais fácil, que é degustando um bom Cabernet Sauvignon de cada uma desses países, regiões e sub-regiões vitivinicultoras, em busca da "tal tipicidade".
E que comecemos logo, logo, porque são muitos vinhos para degustar!
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