6 de julho de 2016

Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas tintas

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Cris Spinola Faria
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Foto: Wikipédia

Cabernet Sauvignon é a casta de uvas mais conhecida no mundo inteiro, considerada por muitos como a “rainha das uvas tintas”

É resultado do cruzamento entre as uvas Cabernet Franc e Sauvignon Blanc, e teve sua origem na Região de Bordeaux (Médoc), na França, provavelmente no século XVIII, de quando datam os primeiros registros.

Hoje é de longe a uva mais cultivada no mundo, sendo 47.000 toneladas de uva por ano, plantadas por todo o Globo: França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Áustria, Canadá, Japão, Peru, Venezuela, Zimbábue, Brasil, China, Turquia, Marrocos, Grécia, Israel, Líbano, Moldávia, Hungria, Romênia, Bulgária, Estados Unidos, Chile, Austrália, Portugal, Argentina, Espanha, Uruguai, África do Sul e Nova Zelândia. Ufa!

Uva com aromas intensos, possui bagos pequenos e casca grossa, de maturação tardia, com coloração variando entre o violeta profundo e o preto, e dá origem a vinhos com acidez alta, taninos potentes, cor intensa e profunda, e com nível médio de álcool.


A cor de um vinho de Cabernet Sauvignon

A imagem abaixo demonstra basicamente as características da uva e os aromas que se devem esperar de um vinho feito com Cabernet Sauvignon:



Exprime as suas melhores características se cultivada em climas moderado ou quente, a fim de poder amadurecer bem e melhor, o que diminui a acidez da fruta e a adstringência dos taninos. 

Caso contrário, se cultivada em climas muito frios, resulta em vinhos extremamente secos e ácidos, com taninos muito adstringentes e agressivos e aromas herbáceos desagradáveis.

Com essas características, os vinhos produzidos com a uva Cabernet Sauvignon são considerados vinhos longevos, ideais para o envelhecimento e guarda, e geralmente são submetidos a estágio em barricas de carvalho para amaciar os taninos.

Vai muito bem em cortes com a uva Merlot, que possui bagos maiores e casca mais fina e mais clara, dando origem a um vinho menos ácido, menos tânico e mais alcoólico, e que irá balancear as características da Cabernet Sauvignon, dando mais equilíbrio ao vinho.

Também aparece em cortes com a Syrah/Shiraz, e co menos frequência com a Cabernet Franc, Sangiovese e Tempranillo.

Os vinhos produzidos com essa uva podem ser servidos desde sua forma mais simples e já desde os cinco a dez anos de envelhecimento, ou entre dez e quinze anos como os australianos; com quinze a vinte anos como os californianos; ou entre 30 e 40 anos como os Bordeaux Cru Classés.

Um vinho de Cabernet Sauvignon com tipicidade, como os produzidos na Região de Bordeaux, apresenta aromas de frutas negras (amoras, ameixa negras, cerejas negras, mirtilos/blueberries), de herbáceos (especialmente menta e pimentão verde, que são indicativos de amadurecimento insuficiente); e de baunilha ou de chocolate (em razão da passagem do vinho em madeira):


Aromas de frutas negras
Aromas herbáceos: hortelã / menta e pimentão verde
Aromas terciários (estágio em madeira) de baunilha e chocolate

E mesmo sem sair da França, os vinhos da uva Cabernet Sauvignon apresentam características diferentes dependendo da sub-região do país em que são cultivadas, como os vinhos produzidos em Margaux, que exalam notas florais de violeta; e os vinhos de St. Julien, com aroma de charuto.

A coisa complica ainda mais quando falamos de um Cabernet Sauvignon proveniente de regiões mais quentes e que apresenta aromas de frutas vermelhas e negras que podem ser frescas ou maduras, a depender do nível de amadurecimento da uvas na vindima; os já mencionados aromas de violeta e de charutos; aromas de oliva; de eucalipto; de pimenta preta; dentre outros aromas específicos e que mudam de região para região.

Em uma pesquisa rápida, deem uma olhada em todos os indicativos de aromas e sabores que eu consegui achar no Google:



 


Já esta imagem da vinícola Concha Y Toro mostra que os vinhos produzidos com a uva Cabernet Sauvignon naquela vinícola apresentam aromas de groselhas negras, cerejas negras, pimenta preta, chocolate e ameixas negras.



Como falar, então, de tipicidade? 

Como identificar um Cabernet Sauvignon com aromas típicos?

É muita informação, não é mesmo?

Ainda estou estudando, compilando dados e informações, degustando diferentes tipos de vinhos sobre essa uva e fazendo o meu próprio juízo sobre a Cabernet Sauvignon, mas por enquanto (eu confesso!) estou assustadíssima com a ideia de ter de identificar um vinho de ou co Cabernet Sauvgnon às cegas, sendo tantas as possibilidades.

Então vamos lá, aprender do jeito mais fácil, que é degustando um bom Cabernet Sauvignon de cada uma desses países, regiões e sub-regiões vitivinicultoras, em busca da "tal tipicidade".

E que comecemos logo, logo, porque são muitos vinhos para degustar!

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