17 de março de 2016

AS GARRAFAS DE VINHO: a História



É possível descobrir muito sobre o vinho que está diante de você pelo simples exame da garrafa.

Analisando o tamanho, o formato da garrafa e até mesmo a cor do vidro, fica bem mais fácil encontrar o vinho que você procura nas prateleiras dos grandes revendedores e importadores. 

E em um evento ou recepção, analisando esses mesmos elementos você consegue saber, em um passar de olhos, que tipo de vinho pode estar sendo servido e fazer a sua escolha.

Isso pode parecer difícil, mas não é, não.

Nas linhas que se seguem contarei tudo o que eu sei sobre garrafas de vinho.

Vamos lá:

DESDE O COMEÇO

Apesar de o vinho ser produzido desde os primórdios dos tempos, e de sua história se confundir com a história da própria civilização humana, foi somente nos idos dos anos 1.500 a.C. que os vinhos produzidos pelos Egípcios passaram a ser armazenados em ânforas (vasos antigos feitos de barro ou de cerâmica, com formato ovalado e com duas alças laterais), que serviam exatamente para transportar e armazenar o vinho para consumo tardio, fora da estação de colheita das uvas.


No final do Império Romano, por volta de 200 d.C., as ânforas foram então substituídas pelos barris de madeira, acreditando-se que os barris tenham sido inventados pelos Celtas para comercialização do vinho para toda a Itália.

AS PRIMEIRAS GARRAFAS DE VIDRO

Centenas de anos mais tarde foram utilizadas as primeiras garrafas de vidro feitas manualmente, e que eram literalmente “sopradas” pelos artesãos, utilizando-se do mais rústico e rudimentar sistema de fabricação.

As garrafas artesanais continham formato e tamanho irregulares, eram frágeis, raras e bastante caras, de modo que somente os melhores e mais bem conceituados vinhos eram armazenados em garrafas de vidro.

Possuíam uma concavidade na base, uma reentrância no fundo, chamada de “punt”, que, descobriu-se, ajudava no equilíbrio da garrafa na posição vertical, eis que a “emenda” do vidro ficaria na parte inferior no interior da garrafa; auxiliava no empilhamento das garrafas na posição horizontal, eis que o gargalo de uma garrafa podia ser encaixado na reentrância do fundo de outra garrafa; e aumentava a resistência do envase para o acondicionamento de espumantes, eis que ajudava na distribuição da pressão interna típica desse tipo de vinho, evitando que as garrafas explodissem.

As garrafas de vidro resistente e translúcido com formato cilíndrico, tal como as vemos hoje, surgiram somente nos idos do Século XVII, durante a Revolução Industrial, quando se passou a fabricar garrafas de vidro em série, bem mais resistentes e a um custo menor, o que veio a revolucionar o mercado de vinho.

Nos próximos posts, na sequência, falarei sobre o tamanho das garrafas, as diferentes cores, os diversos modelos e sobre a utilidade da reentrância na base hoje em dia.


E no final da leitura eu espero que vocês já consigam identificar uma garrafa de vinho a partir de uma simples análise da garrafa!

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